Café Colonial Mineiro Dona Lucinha
- Alessander Guerra

- 19 de fev. de 2013
- 2 min de leitura

Uma vida é feita de histórias! São elas que constroem quem nós somos, balizam nossas decisões e alimentam o nosso espírito. Há sonhos que precisam ser vividos e uma hora serão, basta acreditarmos! Mas o que tudo isso tem a ver com o Café Colonial Mineiro do restaurante Dona Lucinha (Av. dos Chibarás 399 – Moema – SP)? A Elzinha Nunes, filha da Dona Lucinha e chef responsável pelo restaurante me contou como surgiu a ideia desse café colonial mineiro muito especial, que pode ser fechado para grupos a partir de 50 pessoas.
“Lembro que quando eu era pequena a minha avó paterna Elza, fazia muitas quitandas mineiras e tinha um guarda-comidas enorme, onde trancava todas elas para serví-las quando recebêssemos visitas. Ela era jogo duro com a gente! (rs) Por isso ficávamos felizes quando vinha alguém de fora. Certa vez, o presidente Juscelino Kubitschek veio nos visitar, ele era apaixonado por doces e na casa da minha avó foi uma festa daquelas! O guarda-comidas foi destrancado e a gente se esbaldou!”
Pois desde aquela época ela lembra-se das quitandas da sua avó, dos cafés, do capricho para receber as visitas e há muito tempo alimenta essa ideia de resgatar parte da sua história e também as receitas de sua família. Hora de abrir o guarda-comidas para todo mundo que quiser festejar, grupos a partir de 50 pessoas, no Dona Lucinha. Questionada sobre a possibilidade de abrir mesmo um Café Colonial Mineiro em tempo integral, revela que é outra parte de seu sonho, quem sabe em breve!
Dá só uma olhada nesse melado de engenho!
Café Colonial Mineiro Dona Lucinha
Mas vamos lá aos acepipes que se revezam nas mesas desse autêntico Café Colonial Mineiro, um dos melhores e mais originais de São Paulo.

Nada como comer um Fubá Suado...
...bebendo um Queimadinho – o fubá suado ou insuado ou cuscus de panela – é assim chamado porque o fubá cozinha lentamente em fogo baixo, enquanto que o suor da tampa da panela vai pingando sobre ele. Misturado com manteiga da fazenda, rapadura e queijo meia cura é o tira jejum do mineiro. Pra acompanhar, o Queimadinho feito com leite e rapadura. Vou contar pra vocês que é daquelas coisas que comemos uma vez e queremos comer sempre!
E a coalhada aveludada de tão espessa e cremosa,acompanhada divinamente com um mel de engenho e grãos!
Para abrir os trabalhos, talvez seja melhor provar antes o suco de couve e agrião orgânicos; é muito bom e saúde nas veias!
Tem também o mingau de fubá, grossinho, gostosinho, tão comfort food!
Os bules e chaleiras são de ágata e guardam preciosidades como o curioso e aromático Chá de Cabeça Cansada, que leva maracujá azedo e doce e maçãs, inclusive as cascas.
Hora de tomar um café coado na boa companhia do Bolo de Fubá Cremoso
Bolinho de Chuva,
Queijadinhas,
Palito (biscoito receita da bisavó),
Pau à Pique (fubá de moinho de pedra com especiarias e meia cura),
Quebra Quebra (feito com araruta),
Bolachinha
ou mesmo do Pão de queijo e do biscoito de polvilho.
Queijo Minas e geleias também não faltam. E o Curau de milho verde, feito com milho de verdade!
É tanta coisa boa, que dá pra passar horas provando esse café colonial mineiro!
fotos: Alessander Guerra






















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